quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Lisboa em 1147.

Lisboa medieval, na altura da conquista de 1147.
Reconstituição de Carlos Alberto Santos.


O âmbito da cidade era o actual castelo, defendido por um muro circular torreado, de cujo exterior partiam lateralmente duas muralhas, que, fazendo volta por nascente, se iam encontrar na orla do Tejo, exactamente à beira da água. A área intermédia devia abranger os actuais bairros de Alfama e Ribeira velha; espaço que mal compreenderíamos como pudesse conter população avultada, se uma testemunha ocular da conquista de Lisboa não nos subministrasse os meios de explicar, ao menos até certo ponto, esse facto. Os edifícios eram por tal modo apinhados que, exceptuando os bazares ou mercados, seria difícil achar uma rua ou passagem que tivesse mais de oito pés de largo. Além disso, em todo o circuito de muros e contíguos a estes havia uam espécie de vastos subúrbios, cujo avesso era talhado a pique, e por tal modo dificultoso de entrar que cada um podia considerar-se como um castelo ou baluarte.
[Alexandre Herculano, História de Portugal, Desde o começo da monarquia até o fim do reinado de Afonso III, Tomo I, Livro II, p. 493.]

Até breve.

Sem comentários: