Após 1220, foi em Agosto de 1251 que se efectuaram novos inquéritos régios no território. Eram as primeiras inquirições de âmbito regional ordenadas por Afonso III e tinham sido precedidas, em Janeiro desse ano, pela realização de uma assembleia política mandada convocar pelo rei em Guimarães. Nela se abordaram os problemas decorrentes das lutas então travadas no reino por bandos nobiliárquicos rivais, os roubos e pilhagens praticados pelos cavaleiros nas povoações do reino e o exercício de violências e malfeitorias sobre camponeses indefesos e mosteiros. Enfim, a situação de guerrilha feudal que ainda se vivia após a guerra civil de 1245, a qual grandemente perturbava a segurança interna do País, ameaçando os bens e os direitos dos povos, das igrejas e da própria coroa.
Terá sido provavelmente nessa ocasião que o monarca decidira retomar a prática de inquirições iniciada por Afonso II. Na verdade, depois da morte em Toledo, sem herdeiros, de Sancho II (1248) e da organização, em 1249, da triunfante expedição militar ao Algarve, pela qual se movera a concórdia entre o soberano e grande parte da alta nobreza do reino, estavam criadas as condições para uma restauração dos muitos abalados prestígio e poder da coroa.
[José Mattoso, Luís Krus, Amélia Andrade, Inquirições de Afonso III (1251), pp. 45-46, O Castelo e a Feira, a terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII.]
Terá sido provavelmente nessa ocasião que o monarca decidira retomar a prática de inquirições iniciada por Afonso II. Na verdade, depois da morte em Toledo, sem herdeiros, de Sancho II (1248) e da organização, em 1249, da triunfante expedição militar ao Algarve, pela qual se movera a concórdia entre o soberano e grande parte da alta nobreza do reino, estavam criadas as condições para uma restauração dos muitos abalados prestígio e poder da coroa.
[José Mattoso, Luís Krus, Amélia Andrade, Inquirições de Afonso III (1251), pp. 45-46, O Castelo e a Feira, a terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII.]
Até breve.
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