A Torre de Menagem deixa de estar isolada no centro do pátio para surgir muitas vezes adossada ao pano de muralha em locais estratégicos que permitem a defesa de zonas mais sensíveis, com tiro directo a partir do seu nível superior. Com os fins do século XIV e a centúria seguinte, a Torre de Menagem apresenta tendência para se alargar, passando a dispor de amplas áreas destinadas à habitação. Nos andares superiores surgem janelas nobres, amplas e muitas das vezes com duas luzes, procurando, deste modo, alcançar melhor iluminação e arejamento dos espaços interiores. No coroamento destas Torres de Menagem surgem, não só os balcões munidos de matacães, implantados sobre a porta de acesso ao interior, mas também, sobretudo com o século XV, pequenos balcões de ângulo, com sistema de tiro vertical. As novas Torres de Menagem góticas encontram magníficos exemplos nos castelos urbanos de Bragança, Estremoz e Beja.
[Mário Jorge Barroca, Do castelo da Reconquista ao castelo Românico (séc. IX a XII), Portugália, Nova Série, Vol. XI-XII, p. 125.]
Até breve.
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