Referem alguns autores a dificuldade sentida pelos ideólogos crúzios da gesta de D. Afonso Henriques para justificarem a doação, por este rei, do eclesiástico de Leiria a Santa Cruz de Coimbra. Alegam que o rei, em suma, não podia conceder jurisdições eclesiásticas, que pertenciam à autoridade religiosa. Mas esta visão é redutora da realidade. De facto, não só D. Afonso Henriques consegue controlar as decisões dos agentes portugueses eclesiásticos, como as próprias nomeações destes para as dignidades eclesiais, caso do que aconteceu com a canónica crúzia coimbrã, uma das instituições mais beneficiadas pelo monarca.
[Saul António Gomes, Introdução à História do Castelo de Leiria, p. 26.]
Até breve.
[Saul António Gomes, Introdução à História do Castelo de Leiria, p. 26.]
Até breve.
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