Um exército dos árabes entrou em Portugal e, passando o rio Tejo, se estendeu pela comarca de Santarém, fazendo grandes males. Chegou à vila de Alcobaça, distante de Santarém oito léguas e do Mar Oceano quase duas, aonde lhe fizeram os nossos resistência, mas não resultou dela mais que ficarem os cristãos desbaratados e os monges de Cister daquele insigne mosteiro passados a cutelo. Não fazem menção nossos autores deste caso. Mas refere-o Rogério de Hoveden com estas palavras:
Entretanto os pagãos, destruindo a terra de D. Sancho, rei de Portugal, chegaram à Abadia de Alcobaça e mataram os monges de Cister, que serviam a Deus naquela casa e se puseram em defensa. Isto diz aquele autor e, posto que não declare se foi esta resistência em algum recontro que o abade de Alcobaça poderia ter com os mouros, com a gente de suas terras, se foi no próprio mosteiro ou no castelo da vila, que já então era fundado (…), não há dúvida que a matança dos nossos seria grande, pois como coisa notável faz memória dela esse autor estrangeiro.
[António Brandão, fr., Crónica de D. Sancho I e D. Afonso II, p. 60.]
Entretanto os pagãos, destruindo a terra de D. Sancho, rei de Portugal, chegaram à Abadia de Alcobaça e mataram os monges de Cister, que serviam a Deus naquela casa e se puseram em defensa. Isto diz aquele autor e, posto que não declare se foi esta resistência em algum recontro que o abade de Alcobaça poderia ter com os mouros, com a gente de suas terras, se foi no próprio mosteiro ou no castelo da vila, que já então era fundado (…), não há dúvida que a matança dos nossos seria grande, pois como coisa notável faz memória dela esse autor estrangeiro.
[António Brandão, fr., Crónica de D. Sancho I e D. Afonso II, p. 60.]
Até breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário