Uma das primeiras constatações que podem ser feitas na análise do mapa de Portugal durante o comando de D. Afonso Henriques é que este reino embrionário não tinha uma correspondência directa com a geografia política que esse território teve durante as épocas romana e tardo-romana. A principal diferença reside nas áreas a sul, pertencentes, inicialmente, na sua maior parte, à Ordem do Templo, por doações do monarca e a ulteriores extensões no Baixo Alentejo e Algarve, terras que vieram a ser controladas maioritariamente por outras milícias. Esta configuração numa franja territorial norte-sul, ao longo da costa, lembra a disposição geográfica dos reinos latinos do Oriente. As Ordens militares nacionais, como a de São Julião do Pereiro, mais tarde inserida na Ordem de Alcântara, a de Avis, submetida à regra de Calatrava, e peninsulares, como a de Santiago, disputaram os novos espaços conquistados. A outra milícia internacional, a do Hospital, só se irá firmar decisivamente como corpo guerreiro em finais do século XII.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, pp. 147-148.]
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, pp. 147-148.]
Até breve.
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