A situação militar em que os cavaleiros Templários começaram a actuar era de uma complexidade tortuosa. O domínio franco do Oriente era dividido em quatro Estados Cruzados: o Reino de Jerusalém, o principado de Antioquia, o condado de Tripoli e o condado de Edessa. O Reino de Jerusalém tinha o mar como limite a oeste, desde as-Darum até Nah al-Kalb, ao norte de Beirute; a sua fronteira oriental ia do golfo de Aqaba, no mar Vermelho, em direcção ao norte, até a leste do mar Morto e do rio Jordão e pelas montanhas libanesas adentro. O Principado de Antioquia era muito mais antigo, como o seu patriarca. Até recentemente, fora parte do Império Bizantino, e portanto nunca fora “perdido” para os muçulmanos como os outros três estados. Antioquia controlava o caminho terrestre até aos estados da Europa e a costa marítima desde o castelo de al-Marqab, no sul. A sua fronteira norte ia ao norte de Misis até Marash, então contornava Alepo em direcção ao norte e estendia-se a leste do rio Orantes até Kafartab, a partir de onde a sua fronteira sul se estendia até ao mar ao norte de Ahaizar e do território ocupado pelos Assassinos. O Condado de Tripoli estendia-se do litoral perto de Nahr al-Kalb até um ponto a norte de Tortosa, e então, a partir de Ba’rin, a fronteira seguia a sudoeste do rio Orantes e da cidade de Homs. Em seguida prolongava-se de Jubail até ao mar. Por último, o efémero Condado de Edessa ficava situado a nordeste de Antioquia e estendia-se até ao outro lado do rio Eufrates. A sua fronteira norte ia de Marash, na actual Turquia, até Besni e Samsat; ali virava para sul, na direcção da Síria de hoje, e passava entre o próprio condado de Edessa e Harran.
[Edward Burman, Templários: os Cavaleiros de Deus, pp. 58-59, Editora Record.]
Até breve.
[Edward Burman, Templários: os Cavaleiros de Deus, pp. 58-59, Editora Record.]
Até breve.
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